30 maio, 2007
Obrigada
Que me delicia, desarma e alegra
A lágrima que cai e que me enternece alma
O teu rosto doce que me tranquiliza
A ti criança que desejo sempre feliz
A ti criança, que me fazes viver, respirar e ensinas amar
A ti criança, que me espantas com as tuas palavras
Com os teus gestos, com a tua candura
Pequena perdiz que quer voar
Que me ensina a ser mãe com bravura
Pequena luz que encanta os meus dias
E que com todas as suas cores me ensina a amar
A ti criança a quem desejo contos, viagens e aventuras
Por ti criança, esperarei sentada à espera que me queiras ouvir
E que me queiras contar os teus segredos, os teus amores e os teus medos
Por ti criança que me ensina a sorrir e entoar os melhores cânticos da VIDA.
A ti ,só a ti, obrigada
Dia Mundial da Criança
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o Dia Mundial da Criança não é só uma festa onde as crianças ganham presentes.
É um dia em que se pensa nas centenas de crianças que continuam a sofrer de maus tratos, doenças, fome e discriminações (discriminação significa ser-se posto de lado por ser diferente).
O primeiro Dia Mundial da Criança foi em 1950
Tudo começou logo depois da 2ª Guerra Mundial, em 1945.Muitos países da Europa, do Médio Oriente e a China entraram em crise, ou seja, não tinham boas condições de vida.
As crianças desses países viviam muito mal porque não havia comida e os pais estavam mais preocupados em voltar à sua vida normal do que com a educação dos filhos. Alguns nem pais tinham!
Como não tinham dinheiro, muitos pais tiravam os filhos da escola e punham-nos a trabalhar, às vezes durante muitas horas e a fazer coisas muito duras.
Sabias que mais de metade das crianças da Europa não sabia ler nem escrever? E também viviam em péssimas condições para a sua saúde.
Em 1946, um grupo de países da ONU (Organização das Nações Unidas) começou a tentar resolver o problema. Foi assim que nasceu a UNICEF.Clica aqui para leres sobre esta organização.
Mesmo assim, era difícil trabalhar para as crianças, uma vez que nem todos os países do mundo estavam interessados nos direitos da criança.
Foi então que, em 1950, a Federação Democrática Internacional das Mulheres propôs às Nações Unidas que se criasse um dia dedicado às crianças de todo o mundo.
Este dia foi comemorado pela primeira vez logo a 1 de Junho desse ano!
Com a criação deste dia, os estados-membros das Nações Unidas, reconheceram às crianças, independentemente da raça, cor, sexo, religião e origem nacional ou social o direito a:- afecto, amor e compreensão;- alimentação adequada;- cuidados médicos;- educação gratuita;- protecção contra todas as formas de exploração;- crescer num clima de Paz e Fraternidade universais.
Só em1959 é que os direitos das crianças passaram para o papel
A 20 de Novembro desse ano, várias dezenas de países que fazem parte da ONU aprovaram a "Declaração dos Direitos da Criança".Trata-se de uma lista de 10 princípios que, se forem cumpridos em todo o lado, podem fazer com que todas crianças do mundo tenham uma vida digna e feliz.
Claro que os Dia Mundial da Criança foi muito importante para os direitos das crianças, mas mesmo assim nem sempre são cumpridos.
Então, quando a "Declaração" fez 30 anos, em 1989, a ONU também aprovou a "Convenção sobre os Direitos da Criança", que é um documento muito completo (e comprido) com um conjunto de leis para protecção dos mais pequenos (tem 54 artigos!).
Clica aqui para os leres.
Esta declaração é tão importante que em 1990 se tornou lei internacional
24 maio, 2007
Único defeito da mulher
Para a minha mãe, para a minha filha, para todas as mulheres que conheço, conheci e com quem me fascinei.Aquelas que me surpreendem,as que me desiludem, as que me acarinham, as entristecidas e as alegres.A todas dedico este texto.
Está brilhante... ainda mais escrito por um homem!!!!
"Se uma memória restou das festinhas e reuniões de familiares da minha infância, foi a divisão sexual entre os convivas: mulheres de um lado, homens do outro.
Não sei se hoje isso ainda acontece. Sou anti-social ao ponto de não frequentar qualquer evento com mais de 4 pessoas, o que não me credencia a emitir juízos.
Mas era assim que a coisa acontecia naqueles tempos. Tive uma infância feliz: sempre fui considerado esquisito, estranho e solitário, o que me permitia ficar quieto a observar a paisagem.
Bem, depressa verifiquei que o apartheid sexual ia muito além das diferenças anatómicas. A fronteira era determinada pelos pontos de vista, atitude e prioridades.
Explico: no lado masculino imperava o embate das comparações e disputas.
"O meu carro é mais potente, a minha televisão é mais moderna, o meu salário é maior, a vista do meu apartamento é melhor, a minha equipe de futebol é mais forte, eu dou 3 por noite" e outras cascatas típicas da macheza latina.
Já no lado oposto, respirava-se outro ar. As opiniões eram quase sempre ligadas ao sentir. Falava-se de sentimentos, frustrações e recalques com uma falta de cerimónia que me deliciava.
Os maridos preferiam classificar aquele ti-ti-ti como mexerico.
Discordo.
Destas reminiscências infantis veio a minha total e irrestrita Paixão pelas mulheres.
Constatem, é fácil.
Enquanto o homem vem ao mundo completamente cru, as mulheres já chegam com quase metade da lição estudada.
Qualquer menina de 2 ou 3 anos já tem preocupações de ordem prática.
Ela brinca às casinhas e aprende a pôr um pouco de ordem nas coisas.
Ela pede uma bonequinha a quem chama filha e da qual cuida, instintivamente, como qualquer mãe veterana. Ela fala em namoro mesmo sem ter uma ideia muito clara do que vem a ser isso.
Noutras palavras, ela já nasce a saber. E o que não sabe, intui.
Já com os homens a historia é outra.
Você já viu um menino dessa idade a brincar aos directores?
Já ouviu falar de algum garoto fingindo ir ao banco pagar as contas?
Já presenciou um bando de meninos fingindo estar preocupados com a entrega da declaração do IRS? Não, nunca viram e nem hão-de ver.
Porque o homem nasce, vive e morre uma existência infanto-juvenil.
O que varia ao longo da vida é o preço dos brinquedos.
Aí reside a maior diferença.
O que para as meninas é treino para a vida, para os meninos é fantasia e competição.
Então a fuga acompanha-os o resto da vida, e não percebem quanto tempo eles perdem com seus medos.
Falo sem o menor pudor.
Sou assim.
Todos os homens são assim.
Em relação ao relacionamento homem/mulher, sempre me considerei um privilegiado.
Sempre consegui ver a beleza física feminina mesmo onde, segundo os critérios estéticos vigentes, ela inexistia.
Porque todas as mulheres são lindas.
Se não no todo, pelo menos em algum detalhe.
É só saber olhar.
Todas têm a sua graça.
E embora contaminado pela irreversível herança genética que me faz idolatrar os ícones da futilidade, sempre me apaixonei perdidamente por todas as incautas que se aproximaram de mim.
Incautas não por serem ingénuas, mas por acreditarem.
Porque todas as mulheres acreditam firmemente na possibilidade do homem ideal.
E esse é o seu único defeito."
21 maio, 2007
Era pequeno o miudo,mas era giro.
De chapeu, calças rasgadas e
olhar traquino.
Era pobre na roupa, no calçado, mas não no olhar.
Trincava uma maçâ vermelha, enquanto o sorriso brincalhão balançava nos lábios e os pés mexiam-se a cada dentada.
Era quase noite e já há muitos dias que não comia fruta. Uma senhora que passava na rua,cheia de sacos, deixou cair aquela maçã.
" Humm...que saborosa "
O sumo escorria e ele lambia-o dos dedos, sofrego, feliz.
Os olhos negros dançavam na rua enquanto comia.
Olhava para as pessoas que passavam naquela rua movimentada, apressadas,tristes, cabisbaixas.
Olhava para eles e tinha pena da tristeza com que passavam,porque não se olhavam.
Aos encontrões desciam as escadas para o metro, o comboio, atropelavam-se indiferentes a tudo.
Um, dois, três...mais um passo. Mais uma espreitadela para o relógio.
Por um momento ficou triste e pensou " porque correm ?"
Acabou de comer a sua maçã, limpou as mãos às calças gastas e começou a assobiar.
Era pequeno o miudo, mas feliz.
20 maio, 2007
18 maio, 2007
17 maio, 2007
Hoje contou me uma história
" Mãe, vou contar-te uma história " Eu: Não, agora é hora de jantar e não de contar histórias". Ela: "Não, eu vou -te contar à mesma"
"A Princesa que bocejava. O Rei pensava que era fome e mandou preparar as melhores iguarias,mas a Princesa comeu tudo e continuava a bocejar. "
E lá continuou a contar história da Princesa que bocejava, e bocejava.
" E encontrou um sapo..." Hoje contou uma história e eu encantei-me.Deixou-me ser criança e eu fui feliz.
15 maio, 2007
Brindes para casamento
14 maio, 2007
Simplicidade
Simples,não é?
13 maio, 2007
Um livro - Veronika Decide Morrer
Em cada virar duma página um recomeço,uma esperança, um amanhâ.
Cativante.
11 maio, 2007
Pessoas crescidas
10 maio, 2007
09 maio, 2007
O cantar da Kikinhas
"Porque não foste à praia com a Mariana? "
Acordei tarde e agora...bem, agora já não tenho vontade de ir.Talvez vá à tarde.
Tenho que vos contar algo:
Há uns dias, estava que eu na cozinha a fazer qualquer coisa, provavelmente a tratar do almoço ou jantar,ou lavar loiça, qualquer coisa ...quando de repente começo a ouvir o cantar da Maria Kikinhas e pensei cá para min " que giro, ela está a cantar tão bem, já está a ambientar-se melhor"
E lá continuou a Kikinhas o seu belo cantar. Fui logo partilhar a minha alegria com a minha filha, que entre o que eu lhe estava a contar e uns bonecos quaiquer que estavam a dar na televisão, imaginem a quem deu atenção.
No entanto, quando o meu marido chegou a casa, fui-lhe dizer que a caturra tinha cantado muito e que levantava a crista e olhava para mim.
Ele olhou, espreitou e perguntou-me " Olha, ela tem fome, não tem comida nenhuma, deste -lhe comida?"
É verdade, a Maria Kikinhas estava a cantar porque queria comer.
Estava prestes a ser o seu último canto e , eu a pensar que ela queria cantar, estava contente por estar enjaulada.
Enfim...agora ela canta e eu pergunto " Maria Kikinhas, tens fome , queres comer?"
P.S: Amanhâ prometo-vos algumas fotos com trabalhos e a foto da Kikinhas.
A origem do nome
Estamos a 09 de Maio de 2007 e, esta é a 1ª vez que vos escrevo, mas concerteza não será a última. Por agora, não vão ter muito para pesquisar,mas fica aqui a promessa de um blogue que nos distraia.
Bem, passemos à origem do nome " Kikinhas" . Para quem já criou ou pensa em criar algo, sabe que não é fácil dar um nome, identificar
É como dar à luz, escolher um nome para filho...para nós tem que ter sentimento, significado e claro, tem que ser o único. Foi assim com a minha filha Mariana.
Para mim, ela é única.
Como este blogue.
A minha filha queria, ou melhor quer ter um cão e, todos os dias fala-me sobre isso " Eu ficava tão contente se tivesse um cão".
Adora animais e, para ela era fácil termos um cavalo em casa, ou leão, não tem dimensão das proporções,mas com 4 anos quem tem?
Mas, ela gostava principalmente de ter um cão. " Quem me desse ter um cão" e nestas alturas só me lembro de corrigir-lhe o português, nada mais.
Claro que ainda não lhe saciamos a vontade, já que ela continua a pedir o cão,mas lá a tia ofereceu-lhe uma caturra.
Para quem não sabe, é uma ave. Novinha, pequena e mais assustada do que nós.
Como algo novo, que se cria e evolui resolvi plagiar a minha filha e dar ao blogue o nome que ela escolheu para a caturra.
Não Maria Kikinhas, mas " O Baú da Kikinhas",como um círculo com tendência a formar laços, a descobri-los, a estreitá-los.
Como o apertar duma mão entre mãe e filha, espero que descubram pequenos mistérios, tesouros,recordações,partilha e aprendizagem.
Divirtam-se ;O))